Resenha #22: Como se Defender de Ataques Verbais | Barbara Berckhan

Autora: Bárbara Berckhan
Editora: Sextante
Páginas: 112

Tradutor: Luís Carlos Cabral
Skoob: 5/5

Tomei coragem para comprar este livro mesmo correndo o risco de que seria um daqueles clássicos auto-ajuda em que o autor apenas repete eternamente o quanto somos importantes, responsáveis por nossa vida e que ninguém tem o direito de nos colocar para baixo e etc. Felizmente, tive uma ótima surpresa: Barbara Berckhan não só afirma esse tipo de coisa, mas também ensina 12 técnicas de defesa e reação reais às grosserias do dia-a-dia, dando exemplos e explicando casos de suas próprias palestras e cursos. Ela também inclui exercícios ao final do livro para que pratiquemos cada técnica ou a que mais nos identificarmos.

Sua técnica é baseada na filosofia pacificadora do aikido que tem como objetivo "fazer frente ao ataque e restabelecer a paz." (pág. 8). 

As 12 técnicas que Barbara apresenta são:

- Responder com gestos

- O desvio

- O comentário monossilábico

- O provérbio inadequado

- A réplica desintoxicante

- Ceda e consinta

- A aprovação firme

- O elogio

- A constatação objetiva

- O confronto

- Fale claro

- Defina as regras

Gostei muito do livro, pois a maioria das técnicas são fáceis de fazer e se concentram em desviar a atenção da pessoa realizando o ataque (de propósito ou sem querer), para que ela interrompa-o ou perceba que aquele comentário não foi bem recebido. A linguagem da autora é clara e o livro é super curto, dá para terminar rapidinho!

Frases

"A simples disposição de se defender já inibe a intenção do agressor."

[p. 19]

"Somos nós que mostramos aos outros até onde eles podem ir e quais são os nossos limites."

[p. 72]

"Abandonamos o papel de vítima no momento em que voltamos a ser nós mesmos. Alegramos-nos com a singularidade de nossas características diferenciadas, mas também apreciamos as qualidades que compartilhamos com o resto da humanidade. Nossa vida não é regida exclusivamente pelo que os outros esperam de nós, mas por aquilo que nós consideramos importante."

[Khaleghl Quinn - p. 10]