Resenha #44: As Crônicas dos Kane - v. 1: A pirâmide vermelha | Rick Riordan

 
Autor: Rick Riordan
Editora: Intrinseca
Volume: 1 de 3
Páginas: 448
Tradutora: Débora Isidoro
Skoob: 4/5


O babuíno está ao leme, devo me preocupar?
[Sadie, p. 295]



Estava com saudade de ler um livro que me prendesse do começo ao fim e me deixasse ansiosa pelas próximas páginas! A Pirâmide Vermelha, nova aventura mitológica de Rick Riordan, é narrada por Carter e Sadie Kane, dois irmãos pré-adolescentes que se veem na maior confusão e com uma responsabilidade gigante nos ombros por conta de segredos de família...

No começo do livro, os irmãos praticamente não se conhecem: desde que a mãe morreu, Carter ficou com o pai, Julius Kane, famoso egiptólogo que viaja pelo mundo sempre atrás de novas descobertas; e Sadie ficou com os avós maternos em Londres.

Agora é véspera de Natal, dia de visitar Sadie. Mas Julius tem uma coisa muito importante para fazer e leva os filhos ao British Museum onde se encontra a histórica Pedra de Roseta, cujo texto escrito ali foi muito importante para decifrar os hieróglifos egípcios. Julius pede para os filhos se esconderem, pois vai fazer uma coisa que vai mudar a vida deles e “fazer tudo voltar a ficar bem”. Sadie não engole essa de se esconder e arrasta Carter de volta a sala da Pedra para ver o que o pai está fazendo.

Julius está falando em uma língua desconhecida parado em frente à pedra, quando esta começa a brilhar até explodir! Dela é liberto o deus guerreiro Set, que irá usar os Dias do Demônio para destruir o mundo e criar outro sob seu controle. Set então tranca Julius em um sarcófago e desaparece com ele.

Sem os pais, os dois irmãos contam com ajudas ocasionais de “gente” muito estranha: o primeiro deles é seu tio Amós, que eles quase não conheciam; a deusa-gata Bastet, que fez uma promessa a Julius; e o babuíno Khufu, que adora basquete, os Lakers e no momento só come coisas que terminem em “o”!

A partir daí Sadie e Carter nos levam em várias viagens por quase todos os continentes em busca de salvar seu pai, o mundo, e descobrir mais sobre si mesmos, sua família e em como deter Set, enquanto temos uma aula e tanto sobre a mitologia egípcia, que eu, particularmente, não conhecia quase nada, a não ser que existia a Cleópatra, as pirâmides e os faraós! Nomes esquisitos que “uma vez você já ouviu falar”, passam a se tornar conhecidos, personagens que você apoia ou odeia: os deuses Osíris, deus da morte e do renascimento; Ísis, deusa da família; Hórus, filho de Osíris e Ísis e deus dos vivos; Nut, deusa do céu e Geb deus da terra e pais de Osíris, Ísis, Set, Néftis e Hathor. Confundiu? Pois é, tem muito mais estranhezas nessa história de deuses!!

Anúbis era ainda mais lindo em pessoa. Lindo de morrer! (É...he-he. Não peguei o trocadilho, mas obrigada, Carter. Deus dos Mortos, lindo de morrer. Siiiiim, hiláriooo! Agora posso continuar?)
[Sadie, p. 308]


Quanto aos personagens, tanto Carter como Sadie me conquistaram! Sadie principalmente que é aquele tipo de personagem durona, meio selvagem e sem papas na língua que sempre gosto! Me lembrou muito a Rose de Academia de Vampiros. O livro também me fez lembrar as séries Instrumentos Mortais e Harry Potter, pois a magia é muito abordada, beirando o absurdo às vezes!!

Adorei o livro que é uma história que já aconteceu e é narrada em vídeo por Carter e Sadie, variando nos capítulos. Então muitas vezes aparecem pausas em que os irmãos brigam! Li também para o Desafio Realmente Desafiante, onde o livro deveria ter cenas na África ou na Ásia, no caso deste, os personagens visitam a capital do Egito, Cairo!

Vale muito a leitura, você nem vai perceber que está tendo aulas de Egito antigo, enquanto vê os irmãos arriscarem suas vidas várias vezes!

Quando Anúbis me interrogou no Mundo dos Mortos, ele perguntou o que eu sacrificaria para salvar o mundo. O que eu ainda não tinha sacrificado? O que ainda me resta?
[Sadie, p. 346]


 Curiosidades         

  • A forma de triângulo é que confere poder às pirâmides, que se tornam um caminho para o céu. Por isso os faraós eram sepultados lá, para faciliar seu caminho ao reino de Rá, o Deus Sol.

  • Os Dias do Demônio são assim chamados, pois a deusa Nut se casou com Geb escondido de Rá. Rá descobriu o que tinha acontecido e ficou furioso. Como castigo tornou Nut estéril. Nut, então, usou sua criatividade e desafiou Thot, o deus da sabedoria, em um jogo de dados; ao vencer, conseguiu que Thot acrescentasse cinco novos dias ao calendário de 360. Com os novos dias, teve seus filhos: Osíris (dia 27), Ísis (dia 28), Set (dia 29), Néftis (dia 30) e Hathor (dia 31). 

  • Os egipcios não escreviam os hieróglifos com vogais, só consoantes. Você deveria interpretar o som da vogal pelo contexto.

  • No Egito, o vermelho, cor do deserto e da terra infértil é considerada ruim, a cor de Set. Enquanto que o preto, cor das terras férteis do Nilo, é considerada boa.




Resenha para o Desafio Realmente Desafiante do mês de Abril em que o tema foi: Ler um livro que tenha cenas que se passem na Africa ou na Ásia.


Comentários

Fê Falleiro disse…
Eu adoro o Rick Riordan tenho toda a coleção do Percy e esse vai ser o proximo =D
bjos
Blog da Alê disse…
Ainda não li nenhum livro desse escritor,mas já fiquei bem entusiasmada com a resenha e as comparações que faz sobre os personagens confesso que a curiosidade bateu forte pois é um tipo de leitura que gosto.
Achei seu blog no Blog Parceiros estou seguindo,vou deixar meu link para vc me visitar e se quiser me ajudar seguindo.
Um super beijão,adorei seu cantinho super acolhedor.
Alexandra
http://magiasbook.blogspot.com.br/