Resenha #190: Destino - v. 3: Conquista | Ally Condie

Autora: Ally Condie
Editora: Suma de Letras
Volume: 3 de 3
Páginas: 360
Anteriores: Destino; Travessia
Skoob: 3/5


Não é exatamente fácil guardar coisas para o futuro quando o presente é tão incerto.
[Xander, p. 309]


Finalmente cheguei ao fim da trilogia Destino! Acho que foi a primeira distopia que comecei a ler e gostei muito do primeiro livro, apesar dos absurdos de viver em uma Sociedade que controlava completamente sua vida. Estava ansiosa pelo terceiro, mas acabei me decepcionando. 

Nele, a Insurreição finalmente tem inicio e de uma forma inusitada: existe uma Praga que foi criada pela Sociedade, no entanto sem uma cura ainda, que deixa as pessoas imóveis e se espalha pela população das províncias. A salvação será a Insurreição, na figura do Piloto, que tem a cura para todos. A ideia é derrotar a Sociedade através da salvação e não do derramamento de sangue. O que eles não contavam é que vírus sofrem mutações, o que inevitavelmente acontece e as pessoas começam a morrer.


Você não pode mudar sua jornada se não estiver disposto a se mexer de alguma forma.
[Cássia, p. 165]


Xander, Cássia e Ky estão na Insurreição, cada um fazendo o trabalho a que foram designados, cada um em busca da vida que a Sociedade não poderia lhes dar e o livro é dividido entre a narrativa dos três. Mas no momento em que a Insurreição perde o controle, o Piloto junta os três para conseguirem uma cura: Xander entende da Praga e da mutação; Cássia pode classificar dados e encontrar a melhor combinação de componentes e Ky... Mais uma vez a vida lhe é cruel: a doença o pega e ele vai ser o corpo necessário para as pesquisas.


Se preocupar com qualquer um te torna vulnerável. Sei disso há anos, mas ainda não consigo parar.
[Ky, p. 55]

Mesmo gostando muito dos personagens e da distopia que Ally Condie criou, senti falta de uma narrativa mais consistente. Todos os problemas que eles enfrentaram para chegar onde chegaram, neste livro parecem descaracterizados, já que a Sociedade que impunha as regras e as ordens é apenas um grupo, que simplesmente sumiu! e não possui uma figura centralizadora igual vemos em Divergente, por exemplo, através da Jeanine Meathews, ou em Jogos Vorazes, através do Presidente Snow. Também achei mal explicado de como o Piloto, líder de uma Insurreição!, foi prestar atenção em Xander, Ky e Cássia. Tirando o problema em relação à escolha do Par abordado no primeiro livro, nada os distingue para serem os "salvadores da Pátria".

A escrita de Condie continua muito boa e é isso (e a vontade de terminar a trilogia! rs) que me fez finalizar o livro. Se você gosta de Distopias, é interessante a leitura, principalmente do primeiro livro que foi o que mais gostei, mas se prepare para um final fraco e sem sustentações.


Nós sempre estamos lutando contra sermos silenciados. 
[Cássia, p. 217]

Comentários

lala disse…
Ameeei!! Concordo em todos os pontos!