Resenha #115: A Seleção - v. 1| Kiera Cass


Autora: Kiera Cass
Editora: Seguinte
Volume: 1 de 3
Páginas: 368
Tradução: Cristian Clemente
Skoob: 3/5


O país tinha escapado por pouco de virar um monte de escombros. Só que essas regras começavam a me sufocar, como correntes invisíveis que me prendiam ao chão. Leis sobre quem você podia amar, formulários sobre sua virgindade... Era detestável!
[América, p. 71]


No futuro, os EUA é conquistado pela China, mais guerras em que eles conseguem recuperar sua independência e formar um novo país: Illéa, com regime monárquico e a sociedade dividida em oito castas, sendo a primeira a Realeza e a última os Sem Castas.

America Singer é da Casta Cinco, a casta dos artistas, portanto toda a sua família trabalha com algo relacionado às artes para ajudar no sustento da família. As castas um, dois e três são ricas, enquanto a quatro, cinco, seis, sete e oito experimentam níveis crescentes de pobreza. Na história, o Príncipe Maxon completou 18 anos e, como costume de Illéa, uma Seleção deve ser realizada no país para que determine sua nova esposa. Por isso, 35 meninas serão selecionadas para viver no Palácio, tentar conquistar o Príncipe e se tornar a nova princesa de Illéa, tudo isso sob o acompanhamento de todo o país, exatamente como um Big Brother da vida.

América namora em segredo Aspen Lerger, da Casta Seis, há dois anos e está completamente apaixonada, inclusive considerando casar-se com ele. Por isso, nem cogita se inscrever na Seleção, que ela acha ridícula, assim como o próprio Príncipe, que se rebaixa a isso. Entretanto, Aspen a convence a se inscrever para, pelo menos,  tentar ter uma vida melhor e dar uma vida melhor a sua família.


Vontades eram um luxo que não podíamos ter. Éramos movidos à base de necessidades.
[América, p. 39]


Antes do anúncio das Selecionadas, Aspen resolve terminar o namoro dizendo que America merece mais do que ficar com um Seis, na semana seguinte América é escolhida e vai para o Palácio com o coração partido, querendo apenas durar o suficiente para deixar sua família bem. 

O que ela não contava é que o Príncipe Maxon fosse totalmente diferente do que imaginava. Carinhoso, educado, sincero e amoroso, ele mexe com seu coração machucado e os dois vão avançando bem aos poucos de uma amizade para algo que América não consegue explicar, pois ainda sofre por Aspen, mas cada momento ao lado de Maxon vai cada vez mais curando seu coração e ela se vê nesta indecisão sobre o que quer para o seu futuro.

Todo mundo falou maravilhas deste livro e eu até gostei bastante de algumas partes - principalmente os problemas políticos envolvidos e que não são muito abordados neste volume ainda -, mas depois foi cansando. Eu já imaginava tarefas que elas deveriam realizar e perigos que correriam para, além de conquistar o Príncipe, demonstrarem que poderiam ser boas princesas e futuras rainhas, mas, pelo menos neste primeiro livro, não há esse tipo de emoção ainda! hehe

A leitura mesmo assim é divertida e me envolvi com os personagens. América é uma protagonista difícil. Ela é demais em sua personalidade forte e língua atrevida, mas me irritou muito brincando com os sentimentos dos outros e não tomando logo uma decisão. Tanto Aspen, como Maxon, são encantadores às suas maneiras e ainda não consegui me decidir por quem torcer! rsrs

Se você quer ler uma distopia de verdade, te indicaria mais Jogos Vorazes (tem resenha do um, dois e três no blog!!), claro, e Divergente (também tem resenha!), do qual gostei muito também!! A Seleção fica demais no romance e acabei não me animando tanto!


Maxon, espero que encontre uma pessoa sem a qual não possa viver. Espero muito. E desejo que nunca precise saber como é tentar viver sem ela.
[América, p. 213]


Comentários

Isabela Lapa disse…
Adorei a resenha Dani! O livro é muito bom, mas realmente fica muito focado no romance. Também acho que não merece ser enquadrado como distopia!

www.universodosleitores.blogspot.com.br
Só Lendo disse…
Oi, Isa!

Obrigada!!! =D

Pois é!! E acho que já estou cansando desses romances neste estilo, sabe?? rsrsrs

bjaum!

Isabela Lapa disse…
Acho que isso é normal! Eu fiquei sem ler o estilo romântico por muito tempo, por isso que não me incomodei tanto com esse. Mas realmente cansa um pouco, rs... Bjs
Lec disse…
Tá muito tarde para comentar? Acabei de ler o primeiro livro da trilogia, e mddc, achei muito raso!!!
Eu entendo o que a autora quer passar com as situações, mas a forma que ela escreve, nossa ela é muito ruim com as palavras!
Vou ler a trilogia apenas por teimosia, mas achei bem ruinzinho... fora que não explica NADA da tal distopia (e pq raios eles não tem nenhuma tecnologia)
Só Lendo disse…
Nunca é tarde!!! =D

Foda, né?? E já te adianto que os outros ficam piores!! Hahaha Mas entendo a sensação de masoquismo que nos invade nesses momentos! Tô assim com Becky Bloom!! Kkkk