Resenha #215: Cartas de amor aos mortos | Ava Dellaira
Autora: Ava Dellaira
Editora: Seguinte
Páginas: 344
Tradutora: Alyne Azuma
Skoob: 4/5
Editora: Seguinte
Páginas: 344
Tradutora: Alyne Azuma
Skoob: 4/5
É possível ser nobre, corajoso e lindo e ainda assim desabar.
[Laurel, p. 226]
A irmã de Laurel, May, morreu em condições misteriosas e a deixou sozinha para enfrentar a culpa que sente; o medo e as questões inacabadas de sua vida.
É na tarefa de inglês da nova escola, escrever uma carta para uma pessoa morta, e nas novas amigas, Hannah e Natalie, que Laurel vai descobrindo quem ela é, sem ser uma sombra de May.
Logo que vi o titulo e a capa deste livro, já fiquei mega curiosa para ler! Pelas cartas de Laurel vamos descobrindo sobre sua vida e a historia é contada. Ela escreve para Kurt Cobain, Jim Morrison, Janis Joplin, Judy Garland, Amy Winehouse, Heath Ledger, Amelia Earheart, entre outros, tudo o que sente e se passa na vida dela, mas sempre fazendo um comparativo com as próprias vidas curtas deles; tentando entendê-los; entender suas mortes (grande parte delas por suicídio); o que buscavam da vida; como deveriam ter se sentido quando seus sonhos começaram a se tornar realidade.
Quando ela precisar, você não vai estar lá. Você não se importa? Como pôde fazer isso com sua filha? Você pensou no fato de que, quando tirou sua própria vida, você roubou a inocência que amava nela? Você foi o primeiro a fazer mal a sua filha. Foi a primeira pessoa a tornar o mundo perigoso para ela.
[Laurel para Kurt Cobain, p. 215]
A narrativa foi me levando aos poucos, lá para o meio cansei um pouco da Laurel e o que parecia ser um mimimi eterno, mas ela guarda dois grandes segredos e um grande trauma, e isso mantém a leitura interessante. Durante o livro, Laurel tenta se reconstruir para não se perder de si mesma como sua irmã e todos as celebridades que idolatravam.
Talvez amadurecer signifique que você não precisa ser uma personagem seguindo um roteiro. É saber que você pode ser a autora.
[Laurel, p. 312]
O livro é um brinde à adolescência de descobertas, paixões, amizades e levezas e ao mesmo tempo trata de várias questões super pesadas para nos fazer pensar e tomar parte na luta para que elas nunca, nunca mais aconteçam! Terminei o livro chorando bastante, embalada pelos momentos finais e por esta declaração de Laurel a todos os seus destinatários:
Adorei a leitura e recomendo para quem curte um jovem-adulto com muitas referências ao Rock Clássico!
Ela estava disposta a se expor sem se importar com o que as pessoas pensavam. Eu gostaria de ser assim.
[Laurel, p. 69]

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