Resenha: Dom Quixote {Miguel de Cervantes}

Autor: Miguel de Cervantes
Editora: Scipione
Páginas: 136
Nota Skoob: 3/5

Apesar de ter um gosto literário mais pop e juvenil, tenho muita vontade de ler "os clássicos" que todo mundo fala. Ainda não sei o porquê dessa vontade: se é só para falar que já li; se é para saber porque são clássicos e se todo mundo diz que gosta só porque são clássicos e espera-se que você diga isso! rs Talvez todos esses motivos juntos!!

Esse livro do Dom Quixote já está em casa faz um boooom tempo e nem sei como chegou lá, só sei que guardei para "um dia" ler. Tentei colocar para a troca no Skoob uma vez, mas a Ju me convenceu a ficar mais um pouco com ele e tentar ler.

Não vou conseguir dar minha opinião sobre o estilo e a escrita de Cervantes, porque meu livro é daqueles de escola e para crianças de 11 anos! rs Ou seja, muito fácil de ler nos sentidos principais como a distância temporal (o livro é de 1604!), gramatical e a linguísticas. Para quem, como eu, não é acostumado a estes tipos de leitura, indico começar assim! 

Dom Quixote é um fidalgo que possui terras na província de Mancha, Espanha. Tem apenas uma sobrinha que gosta muito dele e seus funcionários que também nutrem um certo carinho pelo patrão. Era um leitor voraz (ponto para ele! Hehe) e amava particularmente as histórias de cavalaria, naquele tempo já em decadência na Espanha. Aos poucos essas historias penetraram muito em suas ideias, a lucidez o abandonou e ele decide se tornar um cavaleiro andante para proteger os injustiçados e indefesos. 

Ele arruma um pangaré velho que dá o nome de Rocinante; uma armadura enferrujada de seu bisavô, e, como todo cavaleiro tem uma donzela a quem destinar seus feitos e por quem sonhar, escolhe a formosa Dulcinéia de Toboso, que nada mais é do que uma moça bem feia, criadora de porcos. 

Saindo para suas primeiras aventuras, fica três dias fora até alguém lhe falar que precisa de um escudeiro; volta para casa e convence seu vizinho, Sancho Pança, para acompanhá-lo em suas aventuras, prometendo ao escudeiro uma ilha para governar. Os dois se envolvem na maior sorte (ou azar?) de aventuras e conseguem apanhar muito em todos os momentos possíveis!

A adaptação que li, feita por José Angeli, foi bem tranquila, ele inclusive "traduziu" as conversas sobre dinheiro, o que adorei, porque nunca significa nada pra mim nem quando leio os "réis" dos nossos clássicos brasileiros quanto mais a moeda que usavam na Espanha em 1600 que nem sei qual é! rsrs

O livro tem 136 páginas, mas não foi uma leitura divertida para mim e se arrastou um pouco. Considerando o momento espanhol naquela época, deu para entender o porquê do grande sucesso do livro que critica muito a cavalaria e seus modos. Dá pra ver que Cervantes achava tudo muito ridículo e passou isso pelo seu herói. 

Algumas coisas passaram pela minha cabeça durante a leitura: será que Quixote era mesmo louco ou só queria fazer algumas loucuras antes de morrer e fingiu tudo? Porque ele, a seu modo, era muito esperto e inteligente, falava dos mais diversos assuntos com uma fluidez e certeza que me puseram a duvidar da sua real loucura!

A outra coisa que questionei o livro inteiro foi POR QUE, santo Cristo, Sancho Pança entrou na conversa do "amo" e o acompanhou em aventura tão malfadada onde só se deu mal?? O pior é que ele realmente começa a gostar de Quixote e das aventuras e fiquei o livro inteiro sem entender! hahahaha

Queria muito que Cervantes tivesse colocado mais de Dulcinéia no livro, como um encontro maluco entre ela e Quixote ou ele salvando-a de um porco super crescido achando que era um javali, sei lá! rs

No final a leitura ficou mais legal e consegui terminar o livro até que rápido; então para quem quiser começar sua empreitada nos clássicos, tenta começar por esses fáceis, insira-se no tempo em que foi escrito e pesquise-o para você poder entender algumas coisas e, se gostar, vai avançando, quem sabe não viramos super cultos??? hahaha

Trechos

"Entre um povo de raras leituras, como era o de sua aldeia, causava espanto e admiração aquela voracidade com que comprava e consumia livros e mais livros."
[Página. 5]

"Um cavaleiro andante sem amores era uma árvore sem frutos, um corpo sem alma."
[Dom Quixote - pág. 07]

"É melhor contentar-se com o obtido do que querer correr adiante."
[Dom Quixote - pág. 24]

"Não foge quem se retira! A valentia que não se fundamenta na prudência se chama temeridade. Confesso que me retirei, mas não fugi."
[Dom Quixote - pág. 93]

Comentários

Unknown disse…
Caramba amor! Muito legal a resenha! Posso dizer que é uma das melhores que já escreveu, mesmo dando nota 3 da vontade de ler hehe. Parabéns!

E gostei do último trecho hehe.

Te amo!
Só Lendo disse…
Brigada, amor!!! Signfica muito pra mim!!!!

Realmente achei que você gostaria dessa!! hahahaha
Rafaela Hübner disse…
Esse livro na versão de "gente grande" (haha) está na minha estante desde o ano passado, planejo tirar o pó dele este ano, veremos.
Bjs
Só Lendo disse…
Eba! Lê sim Rafa!! Curiosa pela sua resenha e saber o nível da leitura para ver se me aventuro!! ^^

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