Resenha: Mosquitolândia {David Arnold}

Autor: David Arnold
Editora: Intrínseca
Páginas: 352
Nota Skoob: 3/5


"Por mais simples que pareça, acho que entender quem você é - e quem não é - é a coisa mais importante de todas as Coisas Importantes."
[Mim]


Estou começando a achar que esse tipo de livro só me conquista nos finais! Hahaha

Durante todo o livro não me identifiquei com Mim Malone, protagonista de Mosquitolândia. Durante todo o livro não entendi Mim Malone. Durante todo o livro me perguntei "o que essa louca tá fazendo?"; "será que não dá para se ater à missão?"

A missão que digo é voltar para sua mãe. Depois de uma infância um pouco "esquisita" com momentos felizes ao lado da mãe e preocupantes ao lado do pai, quando ela completa 16 anos eles se separam, sua mãe vai embora sem se despedir e seu pai se casa com outra. Aliás que detestei o pai dela do começo ao fim, independente de todos os motivos e causas para ele fazer o que fazia.

"A dor torna as pessoas quem elas são."
[Mim]

Mim odeia Kathi, sua madrasta, e a culpa por tudo de ruim que aconteceu na família até então. Acho tudo bem suspeito, principalmente pela mulher ficar ligando para ela desesperadamente (e o pai não, ta?). Então, depois de descobrir que a mãe está doente ela resolve fugir em direção a Cleveland para encontrá-la e ajudá-la. É incrível como toda a sorte de coisas pode acontecer com essa menina! Questionei praticamente todas as suas decisões e avaliando a leitura agora, decidi que sou velha demais para esse livro! Hahaha

Não estou sendo blasé, nem aquelas chatas que colocam regras no que as pessoas devem ler, mas por mais que tentasse lembrar de como era meus 16 anos, eles não se pareciam em nada com os 16 anos de Mim Malone e não consegui me identificar. Primeiro porque Mim tem vocabulário e pensamentos de alguém que tem muito mais idade. Sem contar toda a questão de fugir e atravessar o país sozinha, sem dar satisfação para ninguém, se metendo em um monte de perigos e tudo o mais. Mim também me lembrou muito o Calden de Apanhador no Campo de Centeio: aquela pessoa esnobe que se acha o máximo por gostar das coisas "certas" e acha que as outras pessoas são só um desperdício de espaço.

Seus amigos Walt e Beck são o colorido da história e ela fica muito mais interessante depois que eles aparecem. Parece que a narrativa atinge mais propósito, sabe? Gostei muito! E até Mim melhora um pouco, divagando sobre amizade, família, amor e se tornando um pouco mais humilde.


"Lar é complicado. É mais do que um depósito para sua vida e suas coleções. É mais que um endereço, ou até a casa onde você cresceu. As pessoas dizem que lar é onde o coração está, mas acho que talvez lar seja o coração. Um órgão, bombeando vida na minha vida."
[Mim]


É uma roadtrip adolescente com inclusão de algumas realidades nossas como o abuso sexual e a depressão. Demorei para gostar e me envolver, mas não foi uma leitura perdida, deu para me divertir e aquecer o coração! :)


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Comentários

Rafaela Hübner disse…
Oii, Dani!
Eu gostei da sinopse desse livro e adicionei no skoob assim que foi lançado. Geralmente gosto desse estilo de livro, mas fiquei com pé atrás depois da sua resenha haha
Ainda pretendo ler, mas sem dar prioridade hehe

Beijão!
Arrastando as Alpargatas

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